domingo, 31 de julho de 2016

PARABÉNS PARA AMÉLIA

Os parabéns hoje vai para Irmã Amélia esposa do irmão Manú.
Parabéns irmã Amélia que Deus continue te abençoando.
Falar de você é falar de otimismo, de paz, de contentamento, porque você sabe viver e dar exemplo de uma vida bem vivida como poucos sabem fazer.
Mais uma vez quero deixar claro que as pessoas que lhe rodeiam, têm em você um exemplo, e isso é ser bastante especial.
Parabéns por ser assim.
Você merece esse dia e muito mais.
Feliz aniversário!!!
 
 

Olha Manú querendo um beijo de Amélia!!! kkkkk.

 


 
 

 




 
 
 
 
 

sábado, 30 de julho de 2016

Culto para entrega dos Certificados - Lagoa Doce.

Paz do SENHOR!!!

                 Informamos aos irmão que hoje (30/07) haverá culto evangelístico na comunidade de Lagoa Doce as 19:00hs para entrega dos certificados de conclusão do curso O CAMINHO DA SALVAÇÃO e que por motivos superiores não estaremos disponibilizando o ônibus da igreja, quem desejar deve ir de carro próprio. 

Subsídios Leitura Diária - Sábado 30/07/2016.


            Tal como a influência e o ministério do Senhor Jesus aumentaram consideravelmente em face de sua fama como curador de enfermidades, assim também ocorreu no ministério dos seus apóstolos. O trecho de Marc. 6:55,56 é uma duplicação virtual dos versículos décimo quinto e décimo sexto deste quinto capítulo do livro de Atos, embora, naquele caso se aplique ao ministério de Cristo, mencionando como muitos indivíduos eram trazidos de várias vilas ao redor, para qualquer lugar em particular onde Jesus porventura se encontrasse ministrando. 

Possessões Demoníacas
            A narrativa do livro de Atos acrescenta registro da expulsão de espíritos demoníacos, que não tem paralelo nos evangelhos de Mateus e Marcos, nos pontos acima mencionados, embora certamente façam parte do tema central dos evangelhos. É uma insensatez negar a realidade daquilo que não pode ser visto, porquanto a maior parte da realidade permanece invisível, inaudível e intangível para a percepção dos débeis sentidos humanos. Todo o sentido humano é extremamente fraco e limitado a uma estreita faixa de operação, sendo que também, negar a existência de certas realidades, somente por não poderem ser apreendidas pelos nossos cinco sentidos, é negar a existência de coisas reais à base de nossas incapacidades, o que é uma prática tola e vã.
No entanto, as pesquisas feitas pela parapsicologia atestam amplamente a existência de seres espirituais invisíveis, evidentemente bons e maus, que, ocasionalmente, se manifestam de alguma forma tangível, audível ou visual. Na medida em que os instrumentos científicos forem aperfeiçoados, a comunicação humana com tais seres provavelmente aumentará, até o ponto de ultrapassar todo o limite da dúvida. As mentes céticas têm suposto que o homem está sozinho, e que é o mais elevado de todos os seres; mas isso não passa de uma ilusão, uma ideia que os homens do século XXI provavelmente acharão divertida. 
Essa gente, em busca de cura miraculosa, vinha das cidades ao redor, como Emaús, Hebrom, Belém, Jericó, Jope, Lida e muitas outras localidades, onde o Senhor Jesus havia ministrado; e no atual ministério dos apóstolos, sem dúvida alguma o povo se lembrava de Cristo.

Vinham a Jerusalém em busca de cura! 
        Assim também até hoje, todos quantos desejam a cura espiritual, devem vir até a Jerusalém celestial, onde Jesus, o Cristo, continua curando, e onde continuamos aprendendo a autenticidade de suas reivindicações, mediante a conversão e a regeneração. E não somente isso, mas ele continua a curar os corpos até hoje; e um milagre é uma maravilha que desvia a mente do homem para longe das coisas mundanas e materiais, voltando-se para Deus. A Jerusalém que é do alto é livre, opera na liberdade de Cristo, e é a mãe de todos nós. (Ver Gál. 4:26).

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Subsídios leitura diária EBD - Sexta feira 29/07/16


Perguntaram de certa feita a Agostinho: «Que é que desejas conhecer?» E ele retrucou: «Deus e a alma!» «Nada mais?» foi a exclamação de admiração de seu interlocutor. «Nada mais!» foi a resposta firme de Agostinho. Sim, o destino de uma alma se encontra em Deus, por intermédio de Cristo; e apenas tristeza e alienação têm sobrevindo aos homens que se desviam desse elevado alvo e expressão da vida. Pelo contrário, sempre que o nome de Cristo domina em verdade, o resultado inevitável é o regozijo. Na realidade existem imitações, porém, a mera imitação de Cristo não pode atrair os homens por longo tempo, e nem pode produzir aquela alegria profunda aqui aludida.
Nossos dias se caracterizam por um tempo demasiado, perdido na construção e na manutenção dessas imitações, infelizmente.
Qual será a natureza espiritual da alegria? Antes de tudo, ao nos referirmos à alegria, devemo-nos lembrar que a alegria autêntica é um dos aspectos do fruto do Espírito Santo, de conformidade com os ensinos de Gál. 5:22,23.
Juntamente com o amor e a paz, a alegria é um dos três frutos espirituais mencionados em primeiro lugar. A alegria, por conseguinte, resulta da influência celestial sobre nosso homem interior. Jamais poderá ser equiparada com aquilo que o mundo chama erroneamente de felicidade, porquanto esta depende das circunstâncias, e as circunstâncias são demasiadamente instáveis.
Em contraste com isso, a alegria verdadeira consiste em um sentimento constante de bem-estar, no íntimo, causado pelo ministério do Espírito de Deus, que transmite à alma o bem-estar de Cristo. Ora, esse bem-estar se fundamenta na imortalidade da alma, bem como em seu destino e transformação apropriados, segundo a imagem de Cristo. E isso é para nós um tesouro inestimável, como resultado natural da comunicação desse conhecimento a nós, o que nos propicia um sentimento de propósito, de gratidão e de bem-estar geral.
O Senhor Jesus proferiu as suas mensagens de despedida aos ouvidos de seus discípulos, conforme o registro dos capítulos catorze a dezessete do evangelho de João, visando o propósito de que se tomassem possuidores das três grandes manifestações do Espírito Santo - amor, alegria e paz. (Ver as notas expositivas acerca de João 14:21,23,27; 15:9-11 e 13:34).
Portanto, a alegria consiste também na formação da personalidade de Cristo em nosso homem interior. Acerca desse fato, diz Lange (in loc., comentando sobre o trecho de João 15:11): «Pois o domínio da personalidade de Cristo, nos corações de seu povo, não destrói, mas antes, vivifica, desenvolve e glorifica as suas personalidades. (Ver I João 1:4 e II João 12)». Ora, essa nova personalidade celeste (produto da regeneração contínua), apesar de ser individual, é, entretanto, a participação naquilo que Cristo é.
O filósofo Spinoza compreendeu muito bem esse princípio da alegria, ao escrever: «A bem-aventurança não é algo acrescentado à bondade, é a própria bondade». {Ética, parte V, proposição 42).
Clemente, um dos primeiros pais da igreja, disse: «A vida inteira se transformou em um cântico... orando, louvamos, e velejando, cantamos». (Miscelâneas, VII.7).
Hermas fala sobre o Espírito Santo, chamando-o de «Espírito feliz».
É digno de nota que o filósofo norte-americano William James, em sua obra Varieties of Religious Experiences, tenha devotado quase que a totalidade de sua segunda preleção à consideração da felicidade sem-par que uma fé religiosa sincera tende por conferir aos homens.
Campanella queixava-se de que a arte não tem conseguido retratar adequadamente a Cristo, porquanto, quase sempre, se tem concentrado na cena da crucificação, que ocupou apenas algumas poucas horas de sua vida terrena, da expressão da sua missão na terra, ao passo que Jesus foi O grande conquistador, O Salvador ressurrecto e vitorioso, e isso para sempre. (Ver soneto XXI, A Ressurreição).
As catacumbas dos cristãos primitivos de Roma descrevem muito melhor do que a arte dos pintores medievais e modernos, a expressão emocional da fé cristã; porque entre os desenhos ali encontrados, aparece o de Cristo, apresentado sob o simbolismo do Bom Pastor. Acerca dessa representação figurada de Cristo, escreveu o deão Arthur P. Stanley: «Apresenta-nos o lado jubiloso do cristianismo... Considere-se aquela figura bela e graciosa, a descer como que de suas colinas nativas, com a feliz ovelha aninhada em seus ombros, com a gaita pastoril em sua mão, a transandar uma juventude imortal... Esse é o conceito primitivo do fundador do cristianismo... a noção popular sobre ele (Cristo), na igreja cristã primitiva, era a de um jovem alegre, dotado de desenvolvimento eterno, de graça imortal». (Christian Institutions, Nova Iorque, Charles Scribner’s Sons, 1881, págs. 284-285).

Ceia do SENHOR - JULHO/2016.

Informamos que hoje haverá Ceia do SENHOR as 19:00hs no templo SEDE.



Pergunta: "Qual é a importância da Ceia do Senhor/Comunhão Cristã?"

Resposta: 
Um estudo da Ceia do Senhor é uma experiência que estremece a alma por causa da profunda significação que traz. Foi durante a antiga celebração da Páscoa, na véspera de Sua morte, que Jesus instituiu uma nova e significante refeição, uma “refeição de comunhão”, a qual observamos até os dias de hoje, e que é a mais alta expressão da adoração cristã. É um “sermão vivido”, relembrando a morte e ressurreição de nosso Senhor, e vislumbrando o futuro em que retornará em Sua glória.

A Páscoa era a festividade mais sagrada do ano religioso judaico. Comemorava a praga final no Egito, quando os primogênitos dos egípcios morreram e os israelitas foram poupados por causa do sangue de um cordeiro que fora aspergido em seus portais. Então o cordeiro foi assado e comido com pão sem levedura. A ordem de Deus foi que através das gerações vindouras a festividade fosse celebrada. A história está registrada em Êxodo 12.

Durante a celebração, Jesus e os discípulos possivelmente cantaram juntos um ou mais dos “Salmos Aleluia” (Salmos 111-118). Jesus, tomando o pão, deu graças a Deus. Ao parti-lo e distribuir aos discípulos, disse: “Tomai, comei; este é o Meu corpo que é partido por vós.” Do mesmo modo, tomou o cálice, e depois de ceiar, deu-lhes o cálice, e dele beberam. Ele disse: “Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós; fazei isto em memória de Mim.” Ele concluiu a ceia cantando um hino e eles saíram pela noite até ao Monte das Oliveiras. Foi lá que Jesus foi traído, como predito, por Judas. No dia seguinte, Ele foi crucificado.

Os relatos da Ceia do Senhor são encontrados nos Evangelhos, em Mateus 26:26-29, Marcos 14:17-25, Lucas 22:7-22 e João 13:21-30. O Apóstolo Paulo escreveu a respeito da Ceia do Senhor por divina revelação em I Coríntios 11:23-29. (Isto foi porque Paulo não estava, obviamente, presente quando Cristo a instituiu.) Paulo inclui uma afirmação não encontrada nos Evangelhos: “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor” (I Coríntios 11:27-29). Podemos perguntar o que significa participar do pão e do cálice “indignamente”. Pode significar ignorar o verdadeiro significado do pão e do cálice, e se esquecer do tremendo preço que nosso Salvador pagou por nossa salvação. Ou pode significar permitir que a cerimônia se torne um ritual morto e formal, ou vir à Mesa com pecado não-confessado. Para guardar a instrução de Paulo, cada um deve examinar a si mesmo antes de comer do pão e beber do cálice, em observância ao aviso.

Outra afirmação de Paulo que não se encontra incluída nos Evangelhos é “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha” (I Coríntios 11:26). Isto coloca um limite de tempo à cerimônia: até a volta de nosso Senhor. Através destes breves relatos aprendemos como Jesus usou dois dos mais perecíveis elementos como símbolos de Seu corpo e sangue, e os inaugurou como um monumento à Sua morte. Não foi um monumento de mármore esculpido ou latão moldado, mas de pão e suco de uva.

Ele declarou que o pão testemunhava de Seu corpo que seria partido: não houve sequer um osso partido, mas Seu corpo estava tão terrivelmente moído, que dificilmente se reconhecia (Salmos 22:12-17; Isaías 53:4-7). O suco de uva testemunhava de Seu sangue, indicando a terrível morte que em breve experimentaria. Ele, o perfeito Filho de Deus, se tornou a realização de incontáveis profecias do Velho Testamento a respeito do Redentor (Gênesis 3:15, Salmos 22, Isaías 53, etc.). Quando Ele disse: “Fazei isto em memória de Mim”, indicou que esta era uma cerimônia a ter continuidade no futuro. Também indicou que a Páscoa, que exigia a morte de um cordeiro e vislumbrava a vinda do Cordeiro de Deus que tiraria o pecado do mundo, se fazia agora obsoleta. O “Novo Testamento” tomou seu lugar quando Cristo, o Cordeiro da Páscoa (I Coríntios 5:7), foi sacrificado (Hebreus 8:8-13). O sistema sacrificial não era mais necessário (Hebreus 9:25-28).
FONTE: http://www.gotquestions.org/Portugues/ceia-do-senhor.html.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Culto Feminino - AD GUAMARÉ, Julho de 2016.

Paz do Senhor!
Neste domingo passado, dia 24, na igreja Assembleia de Deus-Templo Sede foi realizado mais um maravilhoso culto sob a coordenação do DEFAD-Departamento Feminino da Assembleia de Deus/Guamaré-RN. Houve a participação da Bandinha Cântico de Israel e do grupo de coreografia. 
A ministração da palavra de Deus foi sob a responsabilidade do presbítero Josué. 







Conjunto EMBAIXADORES DE CRISTO





Conjunto BETEL (Novos convertidos)



 Apresentação de uma peça teatral e uma coreografia 







 





Uma parte do conjunto  JARDIM DAS NOGUEIRAS





Presbítero Josué, Ministrando a Palavra de Deus!!!








Subsídios leitura diária EBD -Quinta feira 28/07/16

«...lepra...» Um tipo de pecado, asqueroso, incurável, propagador. Esse vocábulo era usado para indicar certo número de doenças da pele, incluindo algumas formas verdadeiras de lepra. Evidentemente os tipos bíblicos de lepra não'são as variedades comuns hoje em dia. Mateus e Marcos dizem simplesmente «lepra», mas Lucas escreve mais graficamente coberto de lepra. Sendo médico, Lucas mostra-se mais exato na descrição da enfermidade. Aqui e ali, no evangelho de Lucas e no livro de Atos, vemos termos médicos que mostram a influência da profissão de Lucas sobre a sua
linguagem. 
A lepra antiga era reconhecida pelos médicos sob três formas: 1. Branco embotado; 2. branco claro; e 3. negro. Tais observações provavelmente indicavam 0 caráter variado da malignidade da doença. As
palavras de Lucas, neste caso, descrevem um caso extremamente avançado e aparentemente sem cura. (Ver notas em Mat. 8:2).
«Senhor...» Embora essa palavra seja usada a respeito de Jesus para indicar a sua deidade, contudo, aqui alguém dificilmente esperaria que o homem fizesse tal pronunciamento. A palavra era empregada, tal como também o fazemos hoje em dia, como mero pronome de tratamento. Mas não há que duvidar que Tomé, ao empregar tal vocábulo, em relação a Jesus, no trecho de João 20:28, tencionava mostrar que reconhecia a divindade de Jesus. (Ver a nota em Mat. 8:2 sobre mais detalhes acerca dessa palavra e seu uso).
«...podes purificar-me...» Todos os evangelistas empregam o verbo «purificar», e não «curar», o que reflete a lei judaica que diz que os leprosos eram cerimonialmente impuros, e por isso mesmo não estavam aptos para participar da adoração pública. A imundícia corporal também deixava o indivíduo «impuro» para a adoração divina. Trata-se de um termo usado, igualmente, para indicar a impureza moral. A pessoa cujo pecado não fora ainda perdoado, não estava preparada para participar da adoração. Assim sendo, era mister que o adorador estivesse limpo corporal, cerimonial e moralmente, se queria participar da adoração ao Deus santo. 

Subsídios leitura diária EBD -Quarta feira 27/07/16


O AUTOR descreve aqui o que aconteceu aos missionários cristãos que viviam nas comunidades cristãs do século primeiro de nossa era, e provavelmente tinha muitos casos na memória, que ele conhecera pessoalmente. Essa passagem é paralela de Luc. 11:49-51 que a representa com mais exatidão. Ali (em Lucas) as palavras são postas nos lábios da «Sabedoria de Deus», o que provavelmente significa o Cristo ressurrecto (I Cor. 1:24), como se falasse através de um profeta cristão. «Esse oráculo, em sua forma primitiva, provavelmente foi proferido algum tempo entre 42 e 50 D.C., e se reflete nas amargas palavras do apóstolo Paulo, em I Tes. 2:16». (Sherman E. Johnson, in loc.). Antes dessas palavras serem escritas, Tiago já fora martirizado e Pedro e os demais apóstolos já haviam fugido de Jerusalém. O trecho de Luc. 11:49 reúne «apóstolos e profetas», pelo que temos aqui uma referência aos profetas cristãos, conforme também encontramos em I Cor. 12:28; Efé. 2:20 e 4:11. Os termos «sábios e escribas» (vs. 34) também foram usados para indicar os cristãos, em Mat. 13:52.
Os vocábulos profetas, sábios e escribas são conservados na terminologia cristã primitiva como nomes dos líderes espirituais, como títulos familiares prenhes (repleto, cheio) de sentido para os judeus. A profecia original de Jesus provavelmente usara esses termos. Gradualmente, todos esses títulos, exceto o de «profeta», foram desaparecendo; e, ao mesmo tempo, outros termos, tais como «ancião», «apóstolo», etc. substituíram aqueles outros, como títulos dos lideres da igreja cristã.
A história indica que os judeus (tanto quanto os romanos) crucificaram ou de outras maneiras maltrataram aos cristãos, antes mesmo da destruição de Jerusalém. (Ver Euséb. H.E., 3:32). Nessa secçâo de sua história, Eusébio narra como foi a crucificação de certo Simeão, filho de Clopas, durante o reinado de Trajano (material extraído de Hegesipo). Deve ter havido outros crentes martirizados, e, pelo livro de Atos, sabemos que alguns foram mortos à espada ou a pedradas. Intensa discussão gira em torno do termo de Lucas na passagem paralela (Luc. 11:49 Por isso diz também a sabedoria de Deus: Profetas e apóstolos lhes mandarei; e eles matarão uns, e perseguirão outros), que diz: «a sabedoria de Deus». As interpretações são as seguintes:
1. Trata-se de uma referência às Escrituras, mas inexata, não encontrando localização exata, e sendo apenas uma expressão geral do fato que os verdadeiros discípulos devem sofrer. Essa interpretação não encontra muito favor entre os comentadores, e não é provável que transmita o sentido tencionado.
2. Alguns pensam que um escritor desconhecido (desconhecido para nós, bem entendido, mas não para os leitores dos tempos cristãos primitivos) é aqui citado, e que teria escrito um livro que poderia ter sido chamado A Sabedoria de Deus, provavelmente. Naturalmente temos aqui a mais pura conjectura; pode ser verdade ou não. Porém, não contamos com qualquer evidência sobre a existência desse livro; e, portanto, em geral, essa ideia tem sido rejeitada.
3. Muitos acreditam tratar-se de uma referência ao próprio Cristo, na qualidade de sabedoria de Deus; e alguns creem que esse foi um dos títulos que Jesus aplicou a si mesmo, mais ou menos como se chamou de «Filho do homem», «caminho», «porta», etc.
4. É possível que se trate de uma designação de Jesus como sabedoria de Deus, embora de autoria de Lucas, posto que Paulo aplicou essa mesma designação a Jesus, em I Cor. 1:24. O Cristo ressurrecto teria passado a ser conhecido como sabedoria de Deus. Alguns intérpretes opinam que Jesus não limitou o termo «profetas» aos tempos do N.T., mas também falou de todos os profetas do V.T., os quais haviam sido perseguidos pelo povo de Israel; e que, ao assim falar, falou como a eterna sabedoria de Deus, e não como o Messias daquele tempo. Talvez isso seja tornar esse versículo mais complexo e teológico do que Lucas tencionou. Seja como for, tal declaração seria verdadeira quer esse versículo a ensine, quer não.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Subsídios leitura diária EBD -Terça feira 26/07/16


ESTE VERSÍCULO exibe, é óbvio, a imensa popularidade e poder de Jesus.
Nenhuma fraude poderia ter atraído uma atenção tão resoluta. Podemos falar corretamente sobre as multidões estúpidas — que buscavam as emoções dos milagres e dos sinais prodigiosos, bem como do bem-estar físico, por motivos totalmente egoísticos. Todavia, não podemos duvidar que em tudo isso muitos buscavam a solução para seus problemas espirituais, e em Jesus viam uma beleza que era suficiente para tanto.
«Correram juntos, excitados e excitando a outros, cada aldeia contribuindo pelo caminho com um pouco mais para a torrente crescente de ansiosos seres humanos. Que quadro! O resultado final foi uma congregação de cinco mil homens. Esse foi o clímax da popularidade; e, pelo quarto evangelho, ficamos sabendo que foi sua crise (ver João 6)». (Bruce, in loc.).

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Subsídios leitura diária EBD -Segunda feira 25/07/16



...Toda a cidade se alvoroçou...

O cortejo não foi um movimento de massas populares, mas a excitação foi tão grande que despertou a cidade inteira, e todos ouviram algo que os afetou. A cidade ficou alvoroçada como se tivesse
sido abalada por um terremoto, palavra esta que também vem do vocábulo grego aqui traduzido por "alvoroçou". 

Escreveu Bruce (in loc. ): Até mesmo a gélida Jerusalém estagnada pelo formalismo religioso e socialmente impassível, foi sacudida pelo entusiasmo popular como se por ela tivesse
passado um poderoso tufão ou um terremoto.    

E Morrison observa: - Um mais profundo levante de sentimentos.

Meyer disse (in loc ): -A excitação foi contagiante.

John Giil (in loc.) notou a possibilidade de que a cidade em geral, ouvindo falar da grande comoção, talvez tenha suspeitado do avanço de um exército estrangeiro ou de outra ameaça que se adentrava pela cidade. Muitos corriam de um lado para outro, procurando inteirar-se do que ocorria.  

Embora fosse o começo da grande festividade que sempre atraia muitos peregrinos e enchia a cidade de excitação, o povo jamais testemunhara qualquer coisa que se assemelhasse àquilo. Nem toda a excitação, entretanto, foi favorável (em contraste com o término simples da história dada por Mateus e Marcos). Lucas escreve; «Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à multidão; Mestre,  repreende os teus discípulos. Mas ele lhes respondeu; Assevero-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão». Assim se reiniciava, uma vez mais, o antigo ódio e a contenda dos fariseus contra Jesus. Os fariseus também acorreram para ver o que estava acontecendo, e ao descobrirem que se tratava da chegada do perturbador Jesus, a quem todos conheciam pelo menos devido à sua fama popular, iraram-se e tentaram pôr cobro (fim) ao que pensavam ser uma blasfêmia. Mas Jesus mostrou que aquele digno louvor era totalmente necessário naquela ocasião, porquanto nos conselhos de Deus teria de acontecer. Se o povo fosse reprimido, Deus faria com que os próprios objetos inanimados prorrompessem em exclamações de júbilo. Isso equivalia a dizer que os conselhos de Deus devem prevalecer, e que o seu Messias teria de ser devidamente adorado. O profeta Habacuque registrou quase a mesma declaração: «Por que a pedra clamará da parede, e a trave lhe responderá do madeiramento» (Hab. 2:11). Neste caso se trata de um grito contra homens pecaminosos e violentos. No evangelho de Lucas, entretanto, trata-se de uma expressão de adoração, mas por detrás de ambas as passagens acha-se a ideia da necessidade de expressão.
João adiciona um adendo que diz-nos que a multidão era tão grande devido, pelo menos em parte, ao fato de ter-se espalhado a história da ressurreição de Lázaro por parte de Jesus (João 12:17,18). As multidões vieram, em parte, movidas pela curiosidade, mas foram apanhadas no entusiasmo da multidão, porquanto muitos vinham da Galiléia, acompanhando a Jesus pelo caminho. João também revela o desprezo das autoridades religiosas, dizendo; «De sorte que os fariseus disseram entre si; Vede que nada aproveitais! eis ai vai o mundo após ele» (João 12:19). Essas palavras transpiram inveja, ira, ódio e desejo de vingança. Os fariseus tinham ouvido falar no «maléfico» (na concepção farisaica) profeta da Galiléia, na maneira como atraia as multidões e em quanta perturbação causara ali. E agora eis que ele ali se encontrava, maléfico como sempre, enganando o povo como sempre. E, em adição aos seus «crimes», aceitava os clamores de «hosana» e de «Filho de Davi», asseverando que tudo isso lhe era devido por direito. Talvez as autoridades religiosas de Jerusalém esperassem que os habitantes da Galiléia se deixassem enganar daquela maneira, pois eram uma população mista, alienada da pura religião que se observava na capital. Não obstante, os próprios habitantes de Jerusalém corriam após Jesus—de fato, o mundo inteiro ia atrás dele!

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Almoço no distrito de Mangue Seco I









Irmãos, estamos promovendo um almoço neste próximo domingo, 24 de julho, no distrito de Mangue Seco I. Custará R$05,00 e estaremos disponibilizando o Ônibus que irá sair de frente ao templo 2 após o término da Escola Bíblica Dominical.
A finalidade é adquirirmos  recursos para quitação de nosso ônibus.


Subsídios leitura diária EBD -Sexta feira 22/07/16


«...faze o trabalho de evangelista...» 
 «Faz o trabalho de alguém que tem o evangelho, e não fábulas e genealogias, para
ensinar, e que salienta a ‘Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos’ (ver II
Tim. 2:8)». (Lock, in loc.).

Naqueles dias os «evangelistas» eram os pregadores que iam de lugar para lugar, pregando e estabelecendo igrejas, sempre com o intuito de preparar terreno virgem, sem fazer o trabalho de pastoreio das almas. Timóteo iniciara a sua carreira dessa maneira, sendo um dos companheiros de
viagens do apóstolo Paulo. Mas agora, que estava firmado como pastor, não podia negligenciar seu trabalho de evangelismo. Todavia, Timóteo também era um mestre, não devendo olvidar-se desse aspecto de seu ministério. O pastor é um fracasso miserável se estiver agindo apenas como evangelista. Mas o pastor que somente ensina aos que já se converteram igualmente faz um trabalho incompleto. É necessário que o pastor encontre o meio termo entre esses dois extremos. Aos evangelistas é dado um ministério especial do Espírito Santo, a fim de equipá-lo para esse tipo de trabalho. Fé especial provavelmente é uma de suas manifestações constantes. Deve crer que Deus
opera grandes coisas, não se deixando desencorajar em meio a circunstâncias difíceis, que com freqüência incluem perseguições. Existem aqueles, dotados de capacidades especiais para aumentar o número dos discípulos. (Ver o exemplo dado por Filipe, em Atos 8:5-13,26-40). Os mestres e outros obreiros, existentes na igreja local, podem fazer o trabalho de evangelismo; mas existem alguns obreiros cristãos que são especificamente dotados para isso, ocupando-se nesse mister em seu tempo integral. Talvez o equivalente moderno mais próximo seja o dos «missionários evangélicos», que atuam na própria pátria ou no estrangeiro. E se alguma igreja local conta com «evangelistas», esses são os missionários pátrios. Timóteo, sobrecarregado de deveres administrativos, como as visitações
pastorais, a solução de problemas de outros ministros e dos crentes em geral, nas igrejas locais, não deveria negligenciar a pregação da mensagem cristã aos incrédulos. Se porventura estivesse por demais atarefado nesse mister, deveria descontinuar algum aspecto menos vital do ministério, para
dedicar-se à tarefa evangelizadora. 

Subsídios leitura diária EBD -Quinta feira 21/07/16

ATOS 21:8: Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Filipe, 0 evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.
 Nas páginas do N.T. aparecem duas cidades chamadas Cesaréia, as quais são freqüentemente mencionadas, isto é, Cesaréia da Palestina e Cesaréia de Filipe. A cidade aqui em pauta é Cesaréia da Palestina.
«...Filipe, o evangelista...»  Na igreja cristã, os evangelistas passaram a fazer parte de uma ordem distinta do ministério. Mas é bem provável que, em seu uso original (conforme aparece no presente texto), esse título meramente descrevia a natureza do trabalho cristão de certos homens, que eram especialmente dotados para o mister do evangelismo, e que eram reconhecidos como tal. A passagem de Efé. 4:11, estipula: «E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres». O sétimo versículo desse mesmo capítulo fala sobre os «dons» que são dados para serem exercidos no seio da igreja. Os indivíduos espiritualmente dotados, por sua vez, tornam-se dons ou presentes do Senhor a cada congregação, visando um propósito específico. Por conseguinte, o evangelista é um oficial cristão tão distinto como o pastor e mestre, tendo sido especialmente preparado, pelo Espírito do Senhor, para conduzir outros homens aos pés de Cristo, iniciando novas igrejas e fazendo trabalho pioneiro em novas áreas, onde o cristianismo ainda não fora estabelecido. Naturalmente muitos crentes antigos, a exemplo de Paulo, exerciam mais de um dom espiritual e mais de um ministério cristão, podendo cumprir mais de uma função ao mesmo tempo, incorporando em suas próprias personalidades a capacidade de funcionar em mais de uma atividade espiritual na igreja. Paulo era apóstolo e evangelista, e, ocasionalmente, agia também como pastor local.
O próprio título evangelista, significa alguém que «anuncia as boas-novas». A forma verbal desse substantivo tem uma alta aplicação, sendo usada para indicar a pessoa de Deus (ver Gál. 3:8), do Senhor Jesus Cristo (ver Luc. 20:1), e dos apóstolos e membros ordinários da igreja cristã (ver Atos 8:4). O substantivo, utilizado para designar indivíduos dedicados ao evangelismo, é empregado apenas por três vezes, em todo ο N.T., a saber: 
1. em Atos 21:8, acerca de Filipe; 
2. em Efé. 4:11, acerca do ministério do evangelismo e daqueles que o usam, e; 
3. em II Tim. 4:5, onde Paulo encoraja Timóteo a fazer o melhor uso possível de seus dons e chamadas espirituais, incluindo a obra de um evangelista.
Embora o termo evangelista não tenha sido atribuído a Estêvão, que foi outro dos «sete», certamente ele foi um grande exemplo de alguém que possuía o dom do evangelismo. Na qualidade de evangelista, ele não foi enumerado juntamente com os apóstolos (ver Atos 8:14); e uma distinção similar é feita entre Timóteo e os apóstolos, nos trechos de II Cor. 1:1 e Col. 1:1. Assim, pois, todos os apóstolos eram também evangelistas, mas a vasta maioria dos evangelistas não consistia em apóstolos, nem mesmo naquela forma secundária em que o vocábulo «apóstolo» é ocasionalmente utilizado, como no caso de Barnabé, por exemplo. 
Assim sendo, apesar de que todos os crentes, de alguma maneira e em alguma capacidade, possam realizar a obra de um evangelista, existem indivíduos que são especialmente dotados por Deus para esse mister. A maioria dos missionários, no solo pátrio ou no estrangeiro, exerce o mesmo.
Na história eclesiástica de séculos posteriores ao cristianismo, o termo evangelista veio a ser usado para indicar Mateus, Marcos, Lucas e João, como escritores dos quatro evangelhos, que são documentos especialmente escritos como veículos do evangelho de Cristo. Por essa razão é que aqueles que os escreveram têm sido chamados de «anunciadores das boas novas» ou «evangelistas»; mas isso é um uso secundário e extrabíblico do termo.
A permanência em companhia de Filipe pode ter sido a ocasião em que Lucas, aproveitando o ensejo, recolheu material para a primeira parte do livro de Atos, destacando-se sobretudo aquelas secções (capítulos sexto a oitavo) que têm a ver com as atividades dos «sete» diáconos originais. Lucas contou com extraordinárias vantagens ao escrever a sua narrativa histórica, porquanto a maioria das pessoas, acerca de quem ele escreveu, ainda vivia, e ele pôde fazer indagações em primeira mão sobre os acontecimentos. Então, a começar pelo décimo sexto capítulo do livro de Atos, o próprio Lucas passou a ser testemunha ocular de muito que ele registrou. 

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Ensaio das crianças

Nossos bebês ensaiando para o próximo culto infantil!!!
Parabéns as tias pela dedicação.







Subsídios leitura diária EBD -Quarta feira 20/07/16


O fruto do justo é árvore de vida. A ideia do vs. 28 é mais desenvolvida ainda. O homem justo é como uma árvore frutífera saudável; e isso resulta em vida. Assim também a sabedoria produz vida, um tema muito repetido e comentado em Pro. 4.13. Ver também 9.6,11; 10.11,17; 11.4,19. Quanto à figura da árvore da vida, ver Pro. 3.18, cujas notas expositivas também cabem aqui. “O homem justo, pela realização de seus deveres e boas obras, traz vida e cura (Apo. 22.2)” (Ellicott, in loc.). A figura pode ser relativa a uma boa árvore frutífera, cujos frutos, uma vez comidos, dão vida aos que os consomem, que é a ideia da referência do versículo do livro de Apocalipse, que acabamos de referir.

Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida, que se encontra no paraíso de Deus.
(Apocalipse 2.7)

Antítese(sentido oposto) ou Sinônimo? Um significado vinculado à segunda linha métrica é o que diz que o homem bom obtém sucesso contra os seus inimigos e “toma vidas", ou seja, destrói outras pessoas. Esse é um significado comum da palavra “tomar”. Mas isso, apesar de ser possível, parece ser estranho ao contexto. Portanto, rejeitamos a segunda linha métrica como antitética. O significado, pois, parece ser que o homem bom “toma almas para si mesmo, a fim de lhes dar seus frutos doadores de vida”. Em outras palavras, ele os leva à obediência à lei, conforme esta é interpretada pelas declarações de sabedoria, e nisso eles encontram a vida, tal e qual o homem bom a possui.

Aplicação Evangélica. Tomando-se a segunda linha como sinônimo, salienta-se a atividade de salvação dos sábios, e a salvação evangélica é, então, a vida que está em vista. Esta é uma boa aplicação do texto, mas não o que o texto ensina. Se está em pauta a vida, então a vida é a do ideal do Antigo Testamento, uma vida longa, saudável, próspera, que compartilha das promessas do pacto. Não há aqui nenhuma ideia de vida para além do sepulcro, que veio a tornar-se uma doutrina dos hebreus, tendo penetrado na Bíblia primeiramente nos Salmos e nos Profetas. Cf. Dan. 12.2, onde a ideia já aparece como firmemente estabelecida. As palavras “ganha almas” (vs. 30) não significam conquistar almas salvas por meio do evangelismo. Visto que “ganhar” significa, literalmente, “atrair” ou “tomar”, a ideia pode ser que uma pessoa justa atraia outra para a sabedoria. Isso se ajusta ao pensamento da primeira parte do versículo, que retrata uma árvore que dá vida às pessoas por meio de seus frutos” (Sid S. Buzzell, in loc.).

Subsídios leitura diária EBD -Terça feira 19/07/16



Jesus pregou. 
A palavra indica o cumprimento do dever de um arauto ou mensageiro. O termo também significa -clamar, proclamar. Essa palavra tornou-se expressão comum no N.T. para indicar a proclamação do
evangelho. Mas Jesus também ensinou que ela indica a continua instrução que serve de conteúdo e de implicações da simples proclamação. Uma boa lição para ser observada por todos os ministros do evangelho.
 
•CURANDO toda sorte de doenças e enfermidades». Jesus curava. Em um mundo onde há casos autênticos de curas psíquicas e mesmo de cirurgia por meios psíquicos, numa variedade de grupos religiosos e também nos grupos fora de qualquer organização religiosa, por que se duvidaria que o
Cristo, poderosamente desenvolvido, pudesse fazer tais milagres? Jesus mesmo disse que aqueles que tiverem fé convenientemente desenvolvida poderia fazer tais milagres, e maiores ainda. Pode ser que Jesus tenha usado algumas vezes a sua natureza divina para realizar algum milagre, mas o seu próprio testemunho parece indicar que usualmente operou como homem altamente desenvolvido espiritualmente, fortalecido pelo Espirito Santo. Esse desenvolvimento espiritual está aberto a todos os crentes, o que pode ser manifestado de diversos modos, no exercício dos vários dons. Embora fosse de natureza divina, o desígnio da encarnação de Jesus é que ele ficasse essencialmente limitado ao poder espiritual outorgado a todos os homens. Jesus esvaziou-se das prerrogativas divinas (não da natureza divina). Teve de crescer em estatura e em graça, diante de Deus e dos homens, e aprender a obediência: em suma. desenvolver-se tal como nós nos temos de desenvolver. Sempre manteve desim pedido o canal de comunicação com o Pai e com o Espirito Santo , e assim desenvolveu tremendos po deres como homem, mostrando assim o caminho do desenvolvimento para todos os homens. 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Subsídios leitura diária EBD -Segunda feira 18/07/16


«...evangelistas...» Os evangelistas eram os «missionários», pátrios ou estrangeiros. Algumas traduções, como a de Goodspeed, dizem mesmo «missionários», neste ponto. Os apóstolos eram evangelistas, e muitos profetas também o eram; mas, além desses, havia outros, especialmente talentosos, dotados do dom da fé, da exortação e de outras manifestações espirituais apropriadas para seu ofício, os quais eram presenteados à igreja para multiplicá-la em número. O grupo dos evangelistas era aquele que efetuava a missão evangelizadora da igreja entre os judeus ou os gentios, em posição subordinada aos apóstolos. Geralmente os evangelistas não estavam limitados a qualquer comunidade cristã local, mas foram de lugar em lugar, estabelecendo novas congregações locais, conduzindo os homens à fé e à conversão a Cristo. Devemos observar que na categoria registrada em I Cor. 12:2G, o «terceiro» lugar é conferido aos «mestres». Nesta passagem, entretanto, os «evangelistas» ocupam essa posição. Além disso, a lista da primeira epístola aos Coríntios não menciona especificamente os evangelistas, embora diversos dos dons espirituais ali aludidos sejam instrumentos necessários para o evangelismo, o que nos dá a entender que essa função evangelística realmente existia no seio da igreja cristã primitiva. Outrossim, nem na primeira epístola aos Coríntios e nem nesta epístola aos Efésios se vê qualquer tentativa de enumerar todas as gradações do ministério cristão. Por exemplo, nenhum desses livros inclui os «diáconos», o que, naquele tempo, já era um ofício distintivo na igreja, e apenas esta epístola aos Efésios menciona especificamente aos «pastores».

ATOS 21:8: Partindo no dia seguinte, fomos a Cesaréia; e entrando em casa de Filipe, 0 evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.
 Nas páginas do N.T. aparecem duas cidades chamadas Cesaréia, as quais são freqüentemente mencionadas, isto é, Cesaréia da Palestina e Cesaréia de Filipe. A cidade aqui em pauta é Cesaréia da Palestina.
«...Filipe, o evangelista...»  Na igreja cristã, os evangelistas passaram a fazer parte de uma ordem distinta do ministério. Mas é bem provável que, em seu uso original (conforme aparece no presente texto), esse título meramente descrevia a natureza do trabalho cristão de certos homens, que eram especialmente dotados para o mister do evangelismo, e que eram reconhecidos como tal. A passagem de Efé. 4:11, estipula: «E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres». O sétimo versículo desse mesmo capítulo fala sobre os «dons» que são dados para serem exercidos no seio da igreja. Os indivíduos espiritualmente dotados, por sua vez, tornam-se dons ou presentes do Senhor a cada congregação, visando um propósito específico.Por conseguinte, o evangelista é um oficial cristão tão distinto como o pastor e mestre, tendo sido especialmente preparado, pelo Espírito do Senhor, para conduzir outros homens aos pés de Cristo, iniciando novas igrejas e fazendo trabalho pioneiro em novas áreas, onde o cristianismo ainda não fora estabelecido. Naturalmente muitos crentes antigos, a exemplo de Paulo, exerciam mais de um dom espiritual e mais de um ministério cristão, podendo cumprir mais de uma função ao mesmo tempo, incorporando em suas próprias personalidades a capacidade de funcionar em mais de uma atividade espiritual na igreja. Paulo era apóstolo e evangelista, e, ocasionalmente, agia também como pastor local.
O próprio título evangelista, significa alguém que «anuncia as boas-novas». A forma verbal desse substantivo tem uma lata aplicação, sendo usada para indicar a pessoa de Deus (ver Gál. 3:8), do Senhor Jesus Cristo (ver Luc. 20:1), e dos apóstolos e membros ordinários da igreja cristã (ver Atos 8:4). O substantivo, utilizado para designar indivíduos dedicados ao evangelismo, é empregado apenas por três vezes, em todo ο N.T., a saber: 1. em Atos 21:8, acerca de Filipe; 2. em Efé. 4:11, acerca do ministério do evangelismo e daqueles que o usam; e 3. em II Tim. 4:5, onde Paulo encoraja Timóteo a fazer o melhor uso possível de seus dons e chamadas espirituais, incluindo a obra de um evangelista.
Embora o termo evangelista não tenha sido atribuído a Estêvão, que foi outro dos «sete», certamente ele foi um grande exemplo de alguém que possuía o dom do evangelismo. Na qualidade de evangelista, ele não foi enumerado juntamente com os apóstolos (ver Atos 8:14); e uma distinção similar é feita entre Timóteo e os apóstolos, nos trechos de II Cor. 1:1 e Col. 1:1. Assim, pois, todos os apóstolos eram também evangelistas, mas a vasta maioria dos evangelistas não consistia em apóstolos, nem mesmo naquela forma secundária em que o vocábulo «apóstolo» é ocasionalmente utilizado, como no caso de Barnabé, por exemplo. 
Assim sendo, apesar de que todos os crentes, de alguma maneira e em alguma capacidade, possam realizar a obra de um evangelista, existem indivíduos que são especialmente dotados por Deus para esse mister. A maioria dos missionários, no solo pátrio ou no estrangeiro, exerce o mesmo.
Na história eclesiástica de séculos posteriores ao cristianismo, o termo evangelista veio a ser usado para indicar Mateus, Marcos, Lucas e João, como escritores dos quatro evangelhos, que são documentos especialmente escritos como veículos do evangelho de Cristo. Por essa razão é que aqueles que os escreveram têm sido chamados de «anunciadores das boas novas» ou «evangelistas»; mas isso é um uso secundário e extrabíblico do termo.
A permanência em companhia de Filipe pode ter sido a ocasião em que Lucas, aproveitando o ensejo, recolheu material para a primeira parte do livro de Atos, destacando-se sobretudo aquelas secções (capítulos sexto a oitavo) que têm a ver com as atividades dos «sete» diáconos originais. Lucas contou com extraordinárias vantagens ao escrever a sua narrativa histórica, porquanto a maioria das pessoas, acerca de quem ele escreveu, ainda vivia, e ele pôde fazer indagações em primeira mão sobre os acontecimentos. Então, a começar pelo décimo sexto capítulo do livro de Atos, o próprio Lucas passou a ser testemunha ocular de muito que ele registrou. 

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Subsídios leitura diária EBD -Sexta feira

As predições feitas por Jesus, de que os seus discípulos seriam entregues aos concílios e tribunais, e lançados nas prisões, estavam sendo cumpridas novamente. (Ver Marc. 13:9; Mat. 10:23; Luc. 21:12 e João 15:19,20). Esse incidente, naturalmente, como o ódio daqueles homens se intensificava cada vez mais, porquanto agora não tratavam os discípulos de Cristo nem ao menos com um mínimo de respeito, segundo fora o caso em Atos 4:1-3.
Apesar de que em nenhum outro trecho bíblico somos informados de que Paulo teve qualquer participação ativa nas perseguições contra os cristãos, em Jerusalém, não há motivo algum para não atribuirmos esse versículo a essa possibilidade, embora o centro da perseguição, da qual ele mais participou, sem dúvida era a cidade de Damasco. (Quanto às próprias referências de Paulo às perseguições por ele efetuadas contra os cristãos, ver Gál. 1:12,23; I Cor. 15:9; F11. 3:6; Atos 22:3,4 e 26:9,10). A alusão freqüente de Paulo, a essa questão, indica ο remorso profundo que ele sentia por essa causa.
Natureza das perseguições lideradas por Saulo de Tarso contra os cristãos. Essa natureza se verifica nas palavras «...assolava a igreja...» O verbo aqui traduzido por «assolar», no original, «desonrar» , «vilipendiar», «devastar», arruinar, é utilizado no N.T. exclusivamente neste versículo, embora seja freqüentemente usado para indicar as devastações feitas pelos exércitos pelos animais ferozes. Robertson (in loc.) sugere a metáfora da devastação de uma vinha, produzida por um javali (ver. Sal. 79:13). Saulo de Tarso, derrotado em debate por Estêvão, nas sinagogas dos cilicianos, tendo sido testemunha de seu fim, agora cheio de ódio contra a comunidade cristã inteira, e perseguia com sucesso a todos os cristãos. Toda a admirável energia de seu ser, mediante a qual, posteriormente, estabeleceu as igrejas cristãs no mundo gentílico quase sozinho, era então empregada para devastar a igreja cristã, a fim de que, se fosse possível, fazê-la desaparecer da face da terra, apagando qualquer memória do nome de Jesus Cristo entre os homens. Para ele, isso foi causa, em anos posteriores, de memórias amargas e de muitas lamentações. 
Saulo não poupava nem mesmo a mulheres; e sabemos, com base no trecho de Atos 26:10, que muitos cristãos foram mortos em resultado de seus esforços, porquanto não meramente perseguia e encarcerava aos cristãos. Algumas das mulheres devotas, mencionadas nas passagens de Luc. 8:2,3 e Atos 1:14, mui provavelmente foram as mais duramente atingidas por essa perseguição.
Os seguidores de Jesus Cristo eram então punidos, nas sinagogas, sobretudo através de açoites —as quarenta vergastadas, menos uma, sobre as quais lemos em II Cor. 11:24. Essa era a penalidade mais comum para as ofensas de menor monta, contra as tradições religiosas. Outros crentes eram compelidos a blasfemarem contra O nome do Senhor, a quem haviam declarado ser o Cristo (ver Atos 26:11 e Tia. 2:7). Eram sujeitados aos ultrajes mais terríveis, e a processos legais fraudulentos. (Ver I Tim. 1:13). Saulo, acompanhado de outros elementos, inspirados por impulsos insanos, maltratava suas vítimas com brutalidades e sadismo, com uma ferocidade que punha em descrédito qualquer declaração que faziam acerca de sua piedade pessoal, assinalando-os como indivíduos violentos, iníquos e não regenerados. Isso nos mostra a que profundezas indivíduos supostamente piedosos podem afundar! Até mesmo o vocábulo «...arrastando...», usado aqui na descrição do modo como Saulo tratava de suas vítimas, que literalmente significa «compelir à força», implica com que desnecessária brutalidade se desincumbiam de seu intuito de aniquilar o cristianismo.
«Nenhuma pessoa podia sentir-se segura em sua própria casa, embora seja este o seu castelo. Tanto homens como mulheres eram arrastados pelas ruas, sem nenhuma consideração para com a comparativa debilidade do sexo mais fraco, tão extremamente impulsionado por preconceitos era ele Saulo de Tarso...» (Matthew Henry, in loc.).

O Poder De Uma Vida Isolada
1, Consideremos o que Saulo de Tarso, sozinho, foi capaz de fazer. A história fornece-nos muitos exemplos do que uma só pessoa, para o bem ou para o mal, pode fazer, como efeitos duradouros e tremendos.
2. Mas qualquer pessoa, por mais ínfima que seja, produz tais efeitos, sobre outrem ou sobre algumas poucas pessoas. Consideremos essa responsabilidade! Um pai pode arruinar ou salvar a um filho; uma mãe pode elevar ou degradar uma filha.
«Tudo serve para mostrar-nos que a influência de um único homem se propaga não como uma corrente, de elo para elo, em sucessão ininterrupta, e, sim, como um incêndio, fagulha após fagulha, saltando de vida para vida, atravessando continentes e cruzando os séculos. Estêvão apanhou aquele impulso divino de seu Senhor; então passou-o para Paulo; e de Paulo se tem propagado a homens e mulheres em todos os recantos do mundo. Estêvão não fazia a menor ideia da grande influência de sua corajosa morte sobre o futuro do mundo. Os homens raramente fazem ideia disso. Toda a influência humana que pode ser calculada e predita, usualmente pode ser eliminada como fator importante. Até onde Estêvão poderia prever, ele perdeu a sua vida ainda jovem em troca de nada, parecendo-lhe que a sua memória haveria de desaparecer com aquela geração. Mas não! O seu nome continua vivo. Fala em prol do espírito de heroísmo que pode haver em um homem, bem como da disposição em sofrer sem qualquer esperança de ganho, como testemunha da verdade, a despeito das conseqüências. A influência dessa atitude é o extravasamento de sua vida abundante, a qual, sem nenhum esforço consciente, extravasa para as vidas de outras pessoas». (Theodore P. Ferris, in 10c.).
Uma outra citação, que ilustra admiravelmente bem a mensagem do poder da influência é a que damos abaixo, extraída da obra de Lecomte du Nouy, «Human Destiny» (Nova Iorque, Longmans, Green and Co., págs. 254-255, 1947); «Não podemos deixar de ficar admirados ante a desproporção que há entre a duração da existência terrena de um homem e a duração de sua influência sobre as gerações futuras. Cada um de nós deixa uma trilha modesta ou rebrilhante; e essa convicção deveria fazer-se sentir em todos os atos de nossa vida... As ondas provocadas por Moisés, por Buda, por Confúdo, por Lao Tsé e por Cristo, provavelmente exercem mais poderosa influência sobre a humanidade, hoje em dia, do que quando esses homens ponderavam sobre sua sorte e felicidade».
A lista citada pelo autor acima transcrito poderíamos acrescentar muitos outros nomes, de pessoas tanto bem conhecidas como obscuras. O grande Tomâs de Aquino viveu somente até os quarenta e nove anos de idade, mas a sua influência é imorredoura.




ABAIXO COMENTÁRIOS DOS VERSÍCULOS  1 E 2, CASO  ALGUÉM DESEJAR VER MAIS SOBRE O ASSUNTO!!!


O fato de que Saulo consentia na execução criminosa de Estêvão tem sido considerado, por diversos intérpretes, indicação de que aquele era membro do sinédrio, que dava a sanção oficial do mesmo ao ato. Também é perfeitamente provável que ele tivesse sido uma das testemunhas de acusação contra Estêvão, porquanto ambos os homens eram membros proeminentes das sinagogas helenistas de Jerusalém (ver as notas expositivas sobre Atos 6:9); e Saulo deve ter sido um dos líderes mais perturbados pelos ensinamentos de Estêvão, que os judeus incrédulos reputavam doutrinas heréticas. No entanto, não existem evidências sólidas de que Saulo fosse membro do sinédrio, embora seja indiscutível que ele tenha sido um dos principais membros da comunidade judaica-helenista, bem como uma das principais forças que provocaram a morte de Estêvão. Pelo menos nessa capacidade é que ele dava o seu consentimento ao que era feito contra Estêvão.
O consentimento de Saulo é encarado por Lucas como parte da responsabilidade pela execução de Estêvão, e o próprio apóstolo Paulo, mais tarde, tomou esse mesmo ponto de vista. (Ver Atos 22:20). Em sua epístola aos Romanos, Paulo mostra que aqueles que aprovam pecados hediondos são culpados dos mesmos, embora eles próprios talvez não participem desses crimes. «Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem». (Rom. 1:32).
O verbo «...consentir...», neste caso, com freqüência se reveste da significação de deleite ou zelo. Saulo se deleitava no que era feito. A tradução de Williams, em inglês, diz «aprovava de todo o coração». «Quão perigoso é o espírito de partidarismo; e quão destruidor pode ser o zelo, até mesmo pela verdadeira adoração a Deus, contanto que não seja inspirado e regulado pelo espírito de Cristo!» (Adam Clarke, in loc.).

Os passos descendentes de Saulo de Tarso.

Gradualmente Saulo foi intensificando o seu espírito de malignidade, o que acrescentava crime a crime. E isso pode ser caracterizado por três passos, a saber;
1. A princípio ele se opôs verbalmente a Estêvão, tendo-se tomado seu opositor ativo porque temia a nova verdade, supondo que nada poderia ser jamais adicionado ao sistema doutrinário do judaísmo, pois este, segundo sua estimativa, incluía toda a verdade possível, em princípios, ou pelo menos, incluía os meios para aquilatar qualquer outra ideia.
2. Em seguida, Saulo consentiu no assassínio de Estêvão. Evidentemente o seu consentimento foi dado de todo o coração, e até mesmo com prazer.
3. Depois disso, Saulo se tomou perseguidor contra muitos cristãos. Assim também sucede com a maldade de qualquer um, que tem o seu começo, o seu desenvolvimento e, finalmente, irrompe em labaredas furiosas. Também se deve observar a influência perniciosa de Saulo de Tarso, que levou outras pessoas a se tomarem perseguidoras e cruéis.

«...Naquele dia levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e Samaria...» Essas perseguições, sem a menor sombra de dúvida, pareceram iníquas; e, para aqueles homens ímpios e violentos que as perpetraram, foi um crime hediondo, pelo qual certamente haverão de ser julgados ante o tribunal de Deus. Porém, Deus transmuta a ira dos homens, fazendo-a redundar em seu próprio louvor. Justamente isso que sucedeu neste caso, porquanto a dispersão da igreja primitiva foi tão-somente apressada, por motivo dessas perseguições. A situação se tomou tão tensa e radical, em Jerusalém, que um grande grupo de crentes foi obrigado a buscar refúgio em outros lugares, para poder sobreviver.
«...Naquele dia...» Essa expressão tem provocado muitas discussões entre os intérpretes. Será que essas palavras significam naquele mesmo dia da morte de Estêvão? Alguns estudiosos duvidam dessa possibilidade, porquanto, como é óbvio, o que sucedeu ocupou algum período de tempo; por isso mesmo, alguns eruditos pensam que estamos diante de um «dia» que envolve certa extensão de tempo, e não um dia apenas de vinte e quatro horas, literalmente falando. É provável que a verdade dessa questão seja uma posição intermediária entre essas duas idéias. A perseguição contra os cristãos começou naquele dia, com a execução de Estêvão; e naquele mesmo dia tiveram início outros abusos, despertados pelo grande ódio que fora aceso nos corações dos líderes religiosos de Israel. No entanto, aquele dia foi apenas o início de tudo quanto é descrito neste versículo, o qual, na realidade, é uma espécie de sumário da primeira perseguição movida contra a igreja cristã, perseguições essas que perduraram até os tempos de Constantino (nos primórdios do século IV D.C.), quando a igreja, tendo sido feita religião oficial do império romano, deixou de ser perseguida.
«...os ímpios são como feras brutais; pois quando provam o sangue, desejam-no ainda mais, e se tomam mais cruéis, cometendo assassínios. Porquanto Satanás, que é o progenitor de toda a crueldade, primeiramente retira dos ímpios todos os sentimentos humanitários...isso feito, desperta neles uma sede inextinguível de sangue... de tal modo que, quando começam, jamais terminam de satisfazer a sua vontade». (Calvino, in loc.).
O Senhor Jesus dera instruções aos seus seguidores para que, quando fossem perseguidos numa cidade, fugissem para outra (ver Mat. 10:23); e isso, sem dúvida, para a própria preservação da existência deles como comunidade cristã. Evidentemente muitos discípulos seguiram esse conselho. A passagem de Atos 9:26 mostra-nos que em Jerusalém ainda havia uma comunidade cristã; mas esta, sem a menor dúvida, fora grandemente reduzida quanto ao seu número. A palavra «...todos...», neste atual versículo, não pode significar cada crente, em sentido absoluto, embora indique um grande número deles, de modo a ficar indicada uma extraordinária diminuição do exército cristão na capital de Judeia.
«...exceto os apóstolos...» A mão divina protegeu os líderes principais da igreja, até que O Espírito Santo estivesse preparado para enviá-los em suas missões de alcance mundial, longe de Jerusalém. O testemunho cristão, na capital de Israel, teria de ser firmemente estabelecido, e os judeus teriam de ficar totalmente sem desculpa, de tal modo que nenhum deles pudesse declarar que não tivera oportunidade de ouvir a mensagem do Messias de Israel, conforme era desenvolvida e pregada através dos seus ministros especiais, os apóstolos.
Existe uma tradição histórica, preservada tanto por Clemente de Alexandria (ver Strom. vi. 5, §43) como por Eusébio (ver História Eclesiástica v. 13), no sentido de que Jesus recomendara aos seus apóstolos que se demorassem em Jerusalém pelo espaço de doze anos, a fim de que os seus habitantes não pudessem dizer: ‘Não ouvimos falar de Jesus’. Terminado esse prazo, os apóstolos sairiam pelo mundo. Talvez seja natural pensarmos, entretanto, que os judeus helenistas tenham sofrido acima dos demais, por causa do evento em tomo de Estêvão; e alguns supõem que o conselho de Gamaliel, acerca dos maus-tratos conferidos aos apóstolos, tivera algum peso e resultado (ver Atos 5:34-39). Porém, nada menos que a mão divina poderia ter provido para os crentes uma proteção eficaz.